PEDRA DO ELEFANTE


Com características geográficas semelhantes à região sudoeste do Córrego do Veado, o Corredor Pedra do Elefante está majoritariamente fixado no município de Nova Venécia, com pequenas frações territoriais alcançadas pelos municípios de Vila Valério, Vila Pavão, São Gabriel da Palha e São Mateus.

Assim como seu vizinho ao norte, desponta com áreas de elevado poder de atratividade para a prática de atividades ligadas ao geoturismo, turismo de aventura e turismo de estudos.

A região central do corredor abriga sua porção mais importante, a Área de Proteção Ambiental (APA) Pedra do Elefante, exuberante monumento natural integrante da Serra dos Aimorés. Há ainda trilhas na mata, árvores centenárias e interessantes propriedades agroturisticas, que se organizam na produção de doces, bebidas, biscoitos e artesanatos.


Outros cenário marcante que talvez desponte como o segundo grande expoente paisagístico deste corredor, é a região que compreende a Serra do Cunha, entre as montanhas de Cristalina (Nova Venécia) e o Córrego da Rapadura (Vila Pavão).


O extremo sul do corredor resguarda um pequeno trecho do Rio Barra Seca que apresenta uma curta sucessão de quedas d’agua, conhecidas como Corredeiras da Barra Seca, localizadas no município de São Gabriel da Palha. Próximo a elas, estão a Serra do Córrego Alegre (wikimapia) e o Córrego da Forquilha, formando uma zona de grande atratividade para a prática do cicloturismo.

Atrativos Ecoturísticos

APA PEDRA DO ELEFANTE

Foi criada em 2001, por meio do decreto estadual nº 794-R. A Pedra do Elefante, afloramento rochoso que dá nome a Área de Proteção Ambiental, é o principal símbolo do município de Nova Venécia. Este Patrimônio Geológico foi tombado pelo Conselho Estadual de Cultura por meio da Resolução 04/84. Uma das singularidades da área é a presença expressiva de afloramentos rochosos de granitos com biodiversidade associada a ecossistemas de encosta, com vegetação rupestre e fragmentos de Mata Atlântica. A existência de uma árvore centenária, a gameleira (Ficus sp), que possui aproximadamente cinco metros de diâmetro, atrai curiosos e fiéis que acreditam na aparição de uma Santa, a Mãe Peregrina. O local oferece potencial para o geoturismo, agroturismo, ecoturismo e também para práticas esportivas de aventura, além de abrigar um precioso patrimônio histórico com casarões do século XIX. Devido à importância biológica, esta Unidade de Conservação faz parte do Corredor Ecológico da Pedra do Elefante, onde se encontram espécies raras, endêmicas e ameaçadas de extinção.

 A Área de Proteção Ambiental da Pedra do Elefante está situada a cerca de 10 km do centro da cidade, no sentido Nova Venécia a São Gabriel da Palha, com uma área aproximada de 2.562 hectares. O local é formado por um conjunto de formações geológicas que formam a Serra dos Aimorés. Os atrativos turísticos são: a Pedra do Elefante,  Santuário Nossa Senhora Mãe dos Peregrinos, Gameleira, Fazenda Santa Rita, Restaurante Pé da Serra, Sitio Simonassi e a Pedra da Torre
 
Fonte: IEMA

PEDRA DO ELEFANTE

Principal símbolo de Nova Venécia, medindo 604 metros de altitude, é um monumento paisagístico natural, tombado pelo Conselho Estadual de Cultura. Apresenta potencial para atividades ligadas ao geoturismo, cicloturismo e caminhadas.

SANTUÁRIO NOSSA SENHORA MÃE DOS PEREGRINOS

Erguido sobre uma rocha com traços arquitetônicos simples, tendo a capela pertencente à comunidade veneciana, atraindo fiéis de todo o Estado.

GAMELEIRA

Localizada na base do Santuário Nossa Senhora Mãe dos Peregrinos, possui mais de 15 metros de altura e raízes que ultrapassam 1.80 m de altura. Sua existência ultrapassa os 100 anos de idade.

FAZENDA SANTA RITA

Localizada dentro da APA da Pedra do Elefante a Fazenda Santa Rita foi pioneira no sistema cama e café, o qual o turista mediante reserva desfruta de hospedagem e gastronomia típica rural. Nas dependências da Fazenda encontramos um mini-museu, o qual possui objetos referentes à passagem do desbravador Barão de Aimorés pelo município. A fazenda Santa Rita é o principal atrativo da região.

A fazenda desenvolve atividades de educação ambiental com escolas da região e conta com infra-estrutura de trilhas. A partir da fazenda é possivel acessar a Pedra da Torre e a Pedra do Elefante, por meio de trilhas e de carro tracionado.


FAZENDA ESCARDINE
 
A Fazenda Escardine, recentemente invadida por um grupo do MST, passa por um processo de obtenção de titulo de RPPN. Cortada pelo rio Cricaré, a área verde da fazenda esta totalmente localizada no município de Vila Pavão, apesar de sua Sede e acesso pertencer ao município de Nova Venécia.

Segundo relado dos colonos, é muito comum encontrar macacos (espécie não identificada) capivaras, quatis, tatus e diversas espécies da avifauna. Até mesmo uma jaquatirica foi recentimente encontrada na mata. Observando no mapa (wikimapia), pela extensão de área verde que a propriedade abriga, não é muito difícil de acreditar em tais relatos.


Existem algumas trilhas que seguem em direção a Vila Pavão, cortadas pelos Córregos do Paraíso e do Carneiro, que, segundo os colonos, levam de 2 a 3 horas de cavalho até sair da mata.


A área verde observada no mapa apresenta quatro grandes elevações que variam de 298 a 570 metros de altitude, que vão do Córrego Paraíso até o Córrego da Rapadura, distantes aproximadamente 4 quilômetros um do outro.

FAZENDA DO RIO PRETO
 
Fazenda histórica do Barão de Aimorés hoje de propriedade do grupo do Assentamento Zumbi que utilizam a área da antiga casa (hoje totalmente descaracterizada) como sede para atividades sócio-culturais do grupo.


Apesar do apelo histórico e cultural e do eminente potencial para desenvolver ações direcionadas ao turismo pedagógico, no local nunca foi desenvolvida nenhuma atividade turística formal ou informal.

VALE DO PIP-NUK
 
Região cortada pelo rio Cricaré (ou braço sul do rio São Mateus), a aproximadamente 7 quilômetros acima da cidade de Nova Venécia. Seu processo de ocupação data de 1890, quando cerca de 50 famílias provenientes de várias regiões italianas, como Pádua, Verona, Montova e Vêneto, ocuparam o município de Nova Venécia. Alguns decidiram subir as margens do Rio Cricaré, fundando o povoado de Pip-Nuk.

A região era habitada por índios da nação dos botocudo, a tribo dos Jiporok, que também eram conhecidos como Aymoré ou mesmo Pip-Nuk que, segundo Sra. Luzia Frigerio (87 anos), moradora mais antiga da comunidade e residente da fazenda São Geraldo, seria o nome do último grande capitão (= líder) que estes possuíram antes de serem extintos no início do século XX.

No início do século XX, as terras de Pip-Nuk foram consideradas as melhores e mais produtivas, onde viviam cerca de 200 famílias habitando o Pip-Nuk (todas italianas), mais do que em qualquer outro lugar, em todo o antigo município de São Mateus.


Segundo o seu livro “História da Paróquia de Nova Venécia”, a primeira capela construída pelos imigrantes em Pip-Nuk, foi a de São Sebastião, que existia, primitivamente, na margem sul do rio, próximo do morro onde, no cume, ainda hoje, se encontram os vestígios do centenário “Cemitério de São Sebastião do Pip-Nuk”, local de repouso dos restos mortais de muitos patriarcas e matriarcas venecianos. Relatos do livro calculam que São Sebastião fosse do ano de 1917, mas documentos comprovam que a capela de São Roque, próximo a fazenda São Geraldo, na margem norte do rio, seria de devoção mais antiga, pois, somente a imagem de São Roque, remonta ao ano de 1908.

Hoje, a capela, em sua quarta edificação, localiza-se na propriedade do Sra. Luzia Frigerio, nas proximidades da casa construída, no ano de 1929, por seu pai, o italiano Giuseppe Frigerio. A casa é um dos últimos exemplares de arquitetura italiana feita no Pip-Nuk, por esses italianos que lá se estabeleceram no início da década de 1890.

Na propriedade fica localizada uma pequena queda d’água conhecida como cachoeira do São Roque do Pip-Nuk bastante freqüentada no verão pelos venencianos.

Além do patrimônio histórico e cultural, o Vale do Pip-Nuk apresenta também um grande potencial para a prática de Trekking e Canoagem no rio Cricaré. Os moradores da região organizam todos os anos no mês de agosto uma descida de bóia improvisado.

Fonte: Projeto Pip-Nuk
CORREDEIRAS DE BARRA SECA


Conjunto de quedas d’água num trecho de aproximadamente 500 metros de distancia, formadas na proximidade do distrito de São Jorge do Barra Seca. São ao todo três quedas e quatro piscinas naturais.
O cenário à margem direita do atrativo é caracterizado por duas enormes e imponentes mangueiras. Do lado esquerdo, observa-se uma área de mata bastante preservada, não havendo vestígios de trilha ou picada.



Apesar do atrativo ser bastante freqüentado durante todo ano por visitantes locais, além de um pequeno espaço para estacionamento, o local não apresenta nenhuma infra-estrutura de apoio.

O local apresenta hoje bom potencial para turismo de lazer/contemplativo e, Pelo interesse demonstrado pelo proprietário da área em disciplina a atividade turística, a educação ambiental pode ser uma alternativa em médio prazo.

SERRA DO CUNHA
 
Segundo pesquisa de gabinete, existe algumas vias de escalada conquistadas nos picos do patrimônio de Cristalina. A primeira data de 1960 na Pedra do Dedo, conquistada por uma equipe do Centro Excursionista do Rio de Janeiro.


Em 2004, foram abertas outras vias onde alguns picos foram batizados, como a Pedra do Dente que serve de pano de fundo do patrimônio. Existem na região uma infinidade de picos e pedras prontos para serem explorados, tornando o cenário local num verdadeiro “parque natural de escalada esportiva” inóspito e intrigante.

Além disso, o distrito é a localidade mais próxima daquela q pode vir a ser a principal produto ecoturístico deste corredor, a Fazenda Escardine.